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Desde o momento em que surgiu a pandemia e os campeonatos foram interrompidos, rapidamente se observaram quedas no valor de mercado dos jogadores e se esperou um decréscimo e estagnação no mercado de transferências sustentado por um decréscimo nas receitas geradas dos clubes pela impossibilidade de participação dos adeptos. A partir desse momento, os clubes perderam receitas de bilhética (anual e jogo a jogo) e registaram decréscimos evidentes em receitas com quotas, inscrições, merchandising, entre outras.

Volume de Investimento

Quando analisamos o volume de investimento dos clubes das 5 principais ligas europeias (Premier League, Serie A, Ligue 1, La Liga e Bundesliga) verificamos que houve uma clara redução totalmente em contra-ciclo. Depois de um investimento recorde no mercado de inverno de 2020 (1.310 milhões de Euros em Janeiro), o mercado que terminou recentemente regrediu para valores perto dos de 2015 (3.310 milhões de Euros).

Analisando as ligas individualmente, a Premier League continua a ser o campeonato onde há maior investimento e também onde menos se notaram quebras (-10%). Em termos percentuais, a La Liga registou a maior quebra (-75%) não tendo existido, por exemplo, investimento por parte de clubes como o Real Madrid que neste defeso se revelou um clube vendedor registando cerca de 100 milhões de Euros com jogadores considerados excedentários e que haviam regressado de empréstimo.

Tipos de Transferência

O menor investimento do mercado de tranferências de 20/21 reflectiu-se também no tipo de contratações realizadas pelos clubes dando maior primazia a jogadores livres e emprestados. Em termos gerais, nos Big-5 o peso das contratações de jogadores livres cresceu 6,1% (32,3% em 2020) e dos jogadores emprestados 6,9% (30% em 2020).

Individualmente, no que se refere às contratações de jogadores livres, verificou-se um aumento significativo na Bundesliga (15,3%) tendo apenas decrescido na Premier League (-1,0%).

Relativamente a contratações por empréstimo, o maior crescimento registou-se na Serie A (12,9%) tendo apenas existido um decréscimo na Ligue 1 (-1,6%).

Preço de Aquisição dos Jogadores

De acordo com dados do CIES, o impacto do COVID registou-se fundamentalmente no abrandamento do investimento global dos clubes como verificámos anteriormente. A pandemia levou a que uma inflação anual de cerca de 15% entre 2015 e 2019 tenha decrescido para 6% no último ano.

Embora os preços praticados tenham continuado a aumentar apesar da pandemia, verificou-se o reforço da introdução de cláusulas com base em objectivos sendo pagas determinadas verbas apenas se os jogadores e/ou clubes compradores atingirem determinados objectivos desportivos. Verificou-se também a inclusão mais frequente de atribuição de uma percentagem ao clube vendedor em futuras transferências dos atletas. Assim, num periodo de maior incerteza e menor capacidade de investimento, os clubes optaram por soluções criativas de modo a obterem as contratações desejadas e a melhor gerirem o fundos existentes.

O Comportamento da Liga NOS

Como sabemos, a Liga NOS é historicamente um campeonato economicamente vendedor. Neste mercado, os clubes portugueses contrataram 361 atletas por um valor médio de 405 mil Euros e viram sair dos seus plantéis 283 jogadores por um valor médio superior a 889 mil Euros.

Nestes números incluem-se os empréstimos. Neste período os clubes do campeonato nacional emprestaram 121 jogadores tendo recebido 180 nestas condições.

Quando comparamos estes dados com o mercado de verão de 2019, verificamos que nesse período contrataram 367 jogadores por um valor médio de 388 mil Euros e viram sair 362 atletas por um valor médio de 1,1 milhões de Euros. Ou seja, o investimento médio por jogador em 2020 foi semelhante ao de 2019 mas a receita proveniente das vendas decresceu. Relativamente aos empréstimos, receberam 169 atletas e viram sair 148 nestas condições, números inferiores aos do mercado de 2020 sublinhando o aumento desta estratégia devido à pandemia e à menor capacidade financeira.

Balança Comercial das Ligas

De acordo com dados do Transfermarkt, de entre as ligas analisadas, os clubes da Premier League, Serie A e Ligue 1 gastaram mais do que receberam em transferências de atletas. A Liga NOS, baseando-se no seu perfil vendedor, apresentou um balanço positivo entre compras e vendas na ordem dos 105 milhões de Euros.

O índice “Football Industry Return on Investment Index” procura analisar o impacto do investimento realizado pelos clubes no mercado de transferências de 2013/14 no seu desempenho na liga nacional. Este impacto é verificado comparando os pontos acumulados pelo clube até ao momento com o número que apresentava em 2012/13, à mesma jornada, sendo esta diferença posteriormente confrontada com o investimento realizado.
A título de exemplo, o Liverpool, à 17ª jornada da época corrente, apresenta um crescimento de 0,23 pontos, face a 2012/13, por cada milhão de Euros investido no mercado de transferências de 2013/14.
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NOTAS: (1) Pontos Adicionais por cada Milhão Investido = Diferença Pontual, à mesma jornada, entre 2013/14 e 2012/13 : Investimento realizado no Mercado de Transferências de 2013/14; (2) Taxa de Câmbio 01 Novembro de 2013: 1 GBP = 1,19708 EUR; (3) Apenas foram consideradas as equipas que permaneceram nas ligas analisadas entre 2012/13 e 2013/14; (4) Dados analisados até 24 de Dezembro de 2013: Bundesliga – 17ª jornada, Ligue 1 – 19ª jornada, Liga BBVA – 17ª jornada, Barclays Premier League – 17ª jornada, e Serie A – 17ª jornada.
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Numa altura em que se aproxima o mercado de transferências de Inverno, o Football Industry apresenta-lhe o investimento realizado pelos clubes das 5 principais ligas europeias no verão de 2013 (Barclays Premier League, Bundesliga, Liga BBVA, Ligue 1 e Serie A).
Real Madrid, Monaco, Tottenham, Manchester City e Paris Saint-Germain destacaram-se dos restantes clubes tendo estado envolvidos em transferências milionárias de estrelas como Bale, Isco, Falcao, James Rodriguez, Lamela, Soldado, Fernandinho, Negredo, Cavani e Marquinhos.
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Entradas e Saídas de Jogadores por Região
O mercado europeu agregou a maioria das entradas e saídas de jogadores em 2012. Os mercados africano e norte americano foram aqueles que mais no último ano tendo-se registado uma quebra na América do Sul e Ásia.
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Países mais Activos no Mercado de Transferências em 2012
Relativamente aos países mais activos no mercado em 2012, verifica-se sobretudo uma tendência para a entrada de um maior número de jogadores estrangeiros no mercado inglês e uma maior internacionalização do jogador espanhol, certamente fomentada pelas conquistas da selecção nacional espanhola. Em termos percentuais, os países com maior crescimento no número de entradas foram o Iraque (342%), Costa do Marfim (322%) e Libéria (300%). Relativamente às saídas, o top 3, em termos percentuais, é composto pelo Gabão (75%),Hong Kong (72%) e Malásia (69%).
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Saldo de Entradas e Saídas de Jogadores (€)
No que respeita ao saldo de cada país entre receitas e gastos relacionados com transferências, o Brasil e Portugal lideram o top 10 de países cujos benefícios foram superiores aos gastos enquanto que a Inglaterra e a Rússia lideram, de forma destacada, o top 10 dos que despenderam valores superiores aos seus ganhos.
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Salário Médio pago a Jogadores transferidos para os 6 Países mais Activos no Mercado em 2012 (compensação fixa)
No que concerne a este aspecto, verifica-se ainda uma grande disparidade entre os mercados europeus e sul americanos.
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Comissões Pagas a Intermediários em Transferências Internacionais
Inglaterra, Itália e Rússia lideram o top 10 dos países que mais pagaram a intermediários sendo que o primeiro e terceiro lideram o top de países que gastaram mais do que amealharam.
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Na passada semana, a FIFA Transfer Matching System GmbH publicou o “Global Transfer Market 2012” que apresenta dados relativos às transferências internacionais de jogadores profissionais de futebol com idade igual ou superior a 18 anos. O relatório abrange mais de 200 países e 5.600 clubes profissionais. A visão da FIFA TMS, que controla informaticamente o processo de transferências de jogadores, passa por fomentar e sustentar um mercado global de transferências transparente, baseado na integridade, responsabilidade e inovação.
Principais números do mercado em 2012:

  • 11.552 transferências internacionais realizadas com sucesso (crescimento de 1% em relação a 2011);
  • Globalmente, os países europeus foram os mais ativos;
  • 64% das transferências ocorreram em Janeiro, Julho e Agosto de 2012;
  • A 31 de Janeiro e 31 de Agosto de 2012, ocorreu uma transferência de 5 em 5 minutos;
  • A nacionalidade mais representada no mercado de transferências foi a brasileira seguida da argentina e das pertencentes ao Reino Unido (portuguesa em 10º);
  • Idade média dos jogadores transferidos internacionalmente: 24 anos e 10 meses (igual a 2011);
  • 39% das transferências internacionais envolveram jogadores com idades compreendidas entre os 20 e 24 anos;
  • 70% das transferências internacionais realizadas envolveram atletas em final de contrato ou sem qualquer vínculo (igual a 2011), 12% envolveram empréstimos entre clubes (36% com compensação monetária), 10% foram compras de jogadores (85% com compensação monetária) e 8% foram regressos de empréstimos;
  • 14% das transferências internacionais realizadas envolveram compensações monetárias entre clubes;
  • 67% dos clubes pertencentes às associações tuteladas pela FIFA adquiriram pelo menos um atleta e 79% venderam pelo menos um jogador;
  • Total de compensações entre clubes: 2 mil milhões de Euros (quebra de 10% face a 2011);
  • Compensação média entre clubes: 1,2 milhões de Euros (quebra de 11% em relação a 2011);
  • Duração média do contrato de jogadores adquiridos a custo zero: 1 ano e 4 meses;
  • Duração média do contrato de jogadores adquiridos mediante uma compensação monetária: 3 anos;
  • Duração média do contrato de empréstimo: 10 meses;
  • Salário anual fixo médio dos jogadores transferidos para Itália (país com o salário médio mais elevado entre os seis países mais activos no mercado): 550 mil Euros;
  • Salário anual fixo médio dos jogadores transferidos para o Brasil (país mais activo em 2012 registando 11% das transferências): 61 mil Euros.

Pode ler a segunda parte do artigo clicando aqui: Mercado de Transferências – Parte II
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PARTE 1 – ANÁLISE GLOBAL
Foi recentemente publicado o relatório “Deloitte Football Money League 2013” relativo à época 2011/2012. Este estudo, desenvolvido pela consultora Deloitte, analisa as principais receitas operacionais dos clubes nas quais se incluem as que se relacionam com bilheteira, direitos televisivos e comerciais (patrocínios, publicidade e merchandising) não considerando as receitas com transferências de jogadores.
Na edição de 2013, o Real Madrid tornou-se o primeiro clube do Mundo a ultrapassar a barreira dos 500 milhões de Euros em receitas liderando o ranking desde 2006 e tendo mais do que duplicado as referidas rúbricas nos últimos oito anos. Simultaneamente, os clubes que compõem os primeiros seis lugares permaneceram os mesmos pelo quinto ano consecutivo.
Globalmente, os clubes do Top 20, geraram mais de 4,8 mil milhões de Euros correspondendo a um aumento de 10% face à época 2010/2011 sendo responsáveis por mais de um quarto das receitas totais do mercado europeu de futebol. O crescimento verificado é notável tendo em conta a situação económica actual sendo apenas ultrapassado pelo verificado na edição de 2008.
As principais alterações verificadas prenderam-se com a subida do Manchester City do 12º para o 7º posto, a passagem da Juventus da 13ª para a 10ª posição, a subida do Borussia Dortmund do 16º para o 11º lugar e a passagem do Napoli do 20º para o 15º posto. É também importante salientar a descida do Internazionale do 8º para o 12º lugar, do Tottenham do 13º para o 11º, do Schalke 04 do 10º para o 14º e da AS Roma do 15º para o 19º lugar.
Outro aspecto relevante é o facto de sete dos clubes presentes no ranking de 2013, terem registado quebras nas suas receitas face ao ano anterior. Contudo, este decréscimo deveu-se sobretudo a um decréscimo nas receitas de bilheteira e direitos televisivos no seguimento de um menor sucesso desportivo. Um exemplo desta situação é o Internazionale que registou uma quebra de 12% nas suas receitas após ter alcançado o sexto lugar no campeonato e os oitavos-de-final na UEFA Champions League em 2011/2012 comparativamente com o segundo lugar no campeonato e os quartos-de-final da UEFA Champions League alcançados na época anterior. O exemplo oposto é o Manchester City que aumentou as suas receitas em 68%, ascendendo cinco lugares no ranking, tendo mais do que duplicado as suas receitas comerciais e aumentado também significativamente as restantes pelas suas melhores prestações desportivas (conquista do campeonato, participação na fase de grupos da UEFA Champions League e oitavos-de-final da UEFA Europa League em 2011/2012).
Outra novidade prende-se com a presença do Corinthians no grupo de clubes logo após o Top 20 como representante dos campeonatos não europeus devido a um aumento das receitas comerciais e de direitos televisivos dos principais clubes Brasileiros, facto que não é alheio à realização do Campeonato do Mundo no Brasil em 2014.
1. Ranking Deloitte Football Money League 2005-2013 (valor e taxa de crescimento)
Apresentam-se de seguida os clubes que fizeram parte do Top 20 entre 2005 e 2013. Verifica-se que do Top 6 de 2013, o Barcelona é o clube que tem apresentado um crescimento médio mais elevado (14%) tendo o seu rival Real Madrid crescido, em média, 10% por ano. Globalmente, o Manchester City e o Borussia Dortmund apresentaram as taxas médias mais elevadas embora o segundo tenha feito parte do ranking apenas por 3 vezes durante o período em análise.
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Nota: valores em milhões de Euros.
2.Evolução da posição no ranking 2005-2013
Apresentamos também a evolução da posição dos clubes no ranking da Deloitte que fizeram parte do mesmo entre 2005 e 2013. Na tabela em baixo é possível constatar o crescimento de alguns clubes como o Manchester City (20º lugar em 2009 vs. 7º lugar em 2013)  e o Borussia Dortmund (18º lugar em 2010 vs. 11º lugar em 2013) ao longo dos anos analisados.
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