Esta terça-feira decorrerá em Camp Nou a segunda mão da eliminatória entre Barcelona e Milan após uma vitória dos italianos por 2-0 no primeiro jogo dos oitavos de final da UEFA Champions League. O Football Industry apresenta um conjunto de quadros comparativos entre ambos os clubes dividido em três áreas distintas: Web, Finanças e Desempenho Desportivo.
O referido comparativo permite-nos ter uma visão global dos dois clubes, da sua dimensão e das possibilidades de ambas as equipas.
WEB
No que diz respeito à componente online, o domínio do Barcelona é avassalador tendo mais seguidores em todas as redes sociais. De facto, considerando o Facebook, Twitter e Google Plus, o Milan apenas apresenta 32% do número de fãs do Barcelona. Em relação aos websites dos dois clubes, o fcbarcelona.com apresenta-se numa melhor posição tanto a nível local como internacional.
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FINANÇAS
Também a nível das receitas financeiras, o Barcelona apresenta uma situação mais fortalecida ocupando a segunda posição da Deloitte Football Money League 2013 comparativamente com a oitava posição do Milan. Relativamente à estrutura de receitas dos dois clubes, verifica-se que o clube italiano apresenta uma maior dependência face às receitas de direitos televisivos enquanto que a estrutura do Barcelona é mais estável. Por outro lado, o Barcelona apresenta também uma marca e plantel mais valiosos e uma assistência média superior aliada a melhores resultados nas competições da UEFA.
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DESEMPENHO DESPORTIVO
O Barcelona apresenta também um maior domínio na componente desportiva tendo saído vitorioso por seis vezes dos dezasseis confrontos entre ambos comparativamente com cinco triunfos do Milan. O clube espanhol tem apresentado um volume ofensivo superior ao do Milan na corrente edição da UEFA Champions League embora nos últimos cinco jogos se tenha apresentado em pior forma (considerando todas as competições).
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Notas: (1) Dados recolhidos a 09 de Março de 2013; (2) Na contagem dos troféus foram consideradas as seguintes competições: Campeonato do Mundo de Clubes, Campeonato Espanhol, UEFA Champions League, Supertaça Espanhola, Supertaça Europeia, Taça da Liga Espanhola, Taça das Taças, Taça do Rei, Taça Intercontinental, Taça UEFA, Liga Italiana, Supertaça de Itália, Taça da Liga Italiana e Taça de Itália.
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Artigos
Entre 2003/2004 e 2011/2012 o Barcelona aumentou as suas receitas de bilheteira, direitos televisivos e comerciais de 169 milhões para 483 milhões de Euros correspondendo a um crescimento de 185%, superior ao do seu rival Real Madrid no mesmo período. Depois de em 2005 e 2006 ter ocupado o sétimo e sexto lugares, respectivamente, da Deloitte Football Money League, o Barcelona oscilou entre a segunda e terceira posição tendo estabilizado no segundo posto desde 2008/2009, época em que venceu a UEFA Champions League pela terceira vez. O Barcelona aumentou o seu peso no total das receitas dos clubes que integram o referido ranking de 6% em 2005 para 10% em 2013.
Não tendo sido a única razão, verifica-se que nos anos em que se observaram as maiores taxas de crescimento das receitas, o Barcelona venceu a UEFA Champions League (2005/2006, 2008/2009 e 2010/2011) tendo sido por isso um aspecto importantíssimo para exponenciar o potencial do clube. O crescimento médio apresentado entre 2003/2004 e 2011/2012 foi de 14%.
No período em análise, o peso das suas receitas de bilheteira situou-se entre os 24% e os 34% (tendência decrescente), as receitas de direitos televisivos entre os 36% e os 44% (tendência decrescente), e as comerciais entre 27% e 39% (tendência crescente). Entre 2003/2004 e 2011/2012 o clube aumentou as suas receitas de bilheteira em 101% (58 para 116 milhões), as de direitos televisivos em 126% (66 para 180 milhões de Euros) e as comerciais em 313% (45 para 187 milhões de Euros) tendo esta última rúbrica apresentado o maior aumento nos últimos anos. Actualmente, o Barcelona é o quarto clube que mais gera receitas de bilheteira, o segundo que mais ganha com direitos televisivos e o terceiro no que concerne a receitas comerciais.
Factos mais importantes:
2011/12 (2º): Contrato de patrocínio com a Qatar Sports Investments. Aumento das receitas provenientes do contrato de exploração de direitos televisivos com a Mediapro.
2010/11 (2º): Primeira vez em que as receitas de bilheteira ultrapassaram os 100 milhões de Euros. Crescimento assinalável das receitas de direitos televisivos associado à conquista da UEFA Champions League. Prolongamento do contrato com a Mediapro até 2014/15. Patrocínio da Qatar Foundation.
2009/10 (2º): Aumento das receitas de market pool atribuídas pela UEFA aos clubes espanhóis. Assinatura de um novo contrato de exploração de direitos televisivos com a Mediapro até 2013/14. Decisão de estabelecer um acordo lucrativo de patrocínio para a frente das suas camisolas pela primeira vez na história do clube.
2008/09 (2º): Crescimento assinalável das receitas de direitos televisivos associado à conquista da UEFA Champions League e à melhoria do contrato de exploração de direitos televisivos com a Mediapro. Melhoria do contrato com a Nike. Acordos com a Betfair e a Etisalat.
2007/08 (3º): Aumento das receitas de direitos televisivos devido à boa prestação na UEFA Champions League. Primeira vez em que as receitas comerciais ultrapassaram os 100 milhões de Euros. Melhoria do contrato com a Nike.
2006/07 (3º): Primeira vez em que as receitas de direitos televisivos ultrapassaram os 100 milhões de Euros devido ao novo acordo com a Mediapro. Prolongamento do contrato com a Nike até Junho de 2013. Acordo não lucrativo com a Unicef.
2005/06 (2º): Crescimento assinalável das receitas de direitos televisivos associado à conquista da UEFA Champions League. Anúncio de um contrato com a Mediapro a ter início na época seguinte.
2004/05 (6º): Aumento das receitas de direitos televisivos devido à melhor prestação na UEFA Champions League. Melhoria das receitas de bilheteira e quotizações devido à conquista do campeonato nacional e à campanha de angariação de sócios”El Gran Repte” (O Grande Desafio).
2003/04 (7º): Crescimento assinalável das receitas de direitos televisivos no âmbito do primeiro ano do novo contrato com a Televisió de Catalunya e das receitas de bilheteira devido ao aumento dos preços dos lugares cativos.
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PARTE 3 – ANÁLISE POR PAÍS
Ao longo das edições publicadas entre 2005 e 2013, fizeram parte do Top 20 da Deloitte Football Money League 6 equipas alemãs, 2 escocesas, 4 espanholas, 2 francesas, 10 inglesas, 6 italianas, 1 portuguesa e 1 turca perfazendo um total de 32 clubes. Em termos médios, o Top 20 tem sido constituído por 4 clubes alemães, 1 escocês, 2 espanhóis, 2 franceses, 7 ingleses e 4 italianos.
Em 2013, o Top 20 é constituído apenas por clubes pertencentes aos chamados Big 5 (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália). As melhores prestações nas competições da UEFA permitem aos clubes não pertencentes aos Big 5, por vezes, alcançar este Top tendo esta situação sucedido apenas por quatro vezes entre 2005 e 2013 (dois clubes escoceses, um português e um turco).
5.Contribuição por país para o total do ranking 2005-2013
Relativamente à contribuição por país para o total das receitas do Top 20 ao longo do anos em análise, observa-se que os clubes ingleses foram os que mais receitas geraram tendo sido responsáveis por 36% do total seguidos pelos representantes italianos (21%) e espanhóis (20%).
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6.Posição do melhor representante de cada país
Analisando a posição no Top 20 do melhor clube por país, é possível observar a evolução da presença alemã (representada fundamentalmente pelo Bayern Munich), a decrescente importância dos clubes italianos e a forte presença dos representantes ingleses e espanhóis.
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7.Peso de cada tipo de receita por país em 2011/2012
Em relação ao peso médio das receitas por país, de acordo com os valores de 2013 (2011/2012), as receitas comerciais são, tipicamente, o montante mais importante nas contas dos clubes alemães. Já as receitas de bilheteira assumem maior importância em Inglaterra e as receitas de direitos televisivos em França e Itália.
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Em termos absolutos, em Espanha, o modelo individual de negociação de direitos televisivos auxilia a que apenas dois clubes estejam presentes no top 20 e alcancem valores muito significativos nesta rúbrica.
Nota Final
Com o anúncio feito pela Premier League de que existirá um novo contrato de direitos televisivos num valor superior a três mil milhões de libras entre 2013/2014 e 2015/2016 (aumento de 70% em relação ao anterior), que pode ultrapassar os 5 mil milhões de libras com os contratos internacionais, espera-se um aumento significativo das receitas dos clubes ingleses. O mesmo poderá suceder com os clubes alemães dado que a Bundesliga anunciou também um novo contrato a vigorar a partir de 2013/2014 embora com valores inferiores à Premier League.
Nota 1: As receitas publicadas não incluem transferências de jogadores e impostos relacionados com vendas. Nota 2: As receitas dos clubes analisadas dividem-se em: bilheteira (todas as receitas de bilheteira, lugares anuais e quotizações), direitos televisivos (venda de direitos TV de todos os jogos nacionais e internacionais), e comerciais (patrocínios, publicidade, merchandising e outras receitas semelhantes); Nota 3: Foi utilizada a taxa de câmbio a30 de Junho de 2012 – £1 = €1.236.
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PARTE 2 – ANÁLISE GLOBAL (Continuação)
3.Ranking por tipo de receita
Analisando as receitas dos clubes que fizeram parte do Top 20 da Deloitte Football Money League 2013 por tipo de receita (bilheteira, direitos tv e comerciais), verifica-se que o Real Madrid liderou as receitas de bilheteira e direitos televisivos em 2011/2012 mas o Bayern Munich alcançou receitas comerciais mais elevadas. É também relevante salientar a maior importância dos clubes ingleses nas receitas de bilheteira surgindo o Manchester United e o Arsenal à frente de clubes como o Barcelona, o Bayern Munich e o AC Milan.
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Comparando os anos de 2005 e 2013, nos casos em que é possível, denota-se, por exemplo, que a evolução do Manchester United se deveu maioritariamente ao crescimento das suas receitas comerciais tendo o mesmo sucedido no caso do Barcelona e do Manchester City.
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Nota: Em 2005 a Deloitte optou por apresentar conjuntamente as receitas de bilheteira e direitos televisivos do Bayern Munich.
4.Peso dos primeiros do ranking no total de receitas e diferença entre o primeiro e último classificados
O peso dos primeiros clubes do ranking face às receitas totais dos 20 clubes tem vindo a aumentar. Exemplo disso é o Real Madrid que em 2005 era responsável por 8% das receitas e em 2013 por 11% observando-se uma maior polarização mesmo entre os clubes que compõem o ranking da Deloitte.
Esta situação é também verificada através da diferença entre as receitas do primeiro e último classificados. Enquanto que em 2005 o 20º e último classificado (Aston Villa) apresentava 33% das receitas do primeiro (Manchester United), em 2013 o Newcastle United apenas conseguiu gerar 22% das receitas alcançadas pelo líder Real Madrid.
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PARTE 1 – ANÁLISE GLOBAL
Foi recentemente publicado o relatório “Deloitte Football Money League 2013” relativo à época 2011/2012. Este estudo, desenvolvido pela consultora Deloitte, analisa as principais receitas operacionais dos clubes nas quais se incluem as que se relacionam com bilheteira, direitos televisivos e comerciais (patrocínios, publicidade e merchandising) não considerando as receitas com transferências de jogadores.
Na edição de 2013, o Real Madrid tornou-se o primeiro clube do Mundo a ultrapassar a barreira dos 500 milhões de Euros em receitas liderando o ranking desde 2006 e tendo mais do que duplicado as referidas rúbricas nos últimos oito anos. Simultaneamente, os clubes que compõem os primeiros seis lugares permaneceram os mesmos pelo quinto ano consecutivo.
Globalmente, os clubes do Top 20, geraram mais de 4,8 mil milhões de Euros correspondendo a um aumento de 10% face à época 2010/2011 sendo responsáveis por mais de um quarto das receitas totais do mercado europeu de futebol. O crescimento verificado é notável tendo em conta a situação económica actual sendo apenas ultrapassado pelo verificado na edição de 2008.
As principais alterações verificadas prenderam-se com a subida do Manchester City do 12º para o 7º posto, a passagem da Juventus da 13ª para a 10ª posição, a subida do Borussia Dortmund do 16º para o 11º lugar e a passagem do Napoli do 20º para o 15º posto. É também importante salientar a descida do Internazionale do 8º para o 12º lugar, do Tottenham do 13º para o 11º, do Schalke 04 do 10º para o 14º e da AS Roma do 15º para o 19º lugar.
Outro aspecto relevante é o facto de sete dos clubes presentes no ranking de 2013, terem registado quebras nas suas receitas face ao ano anterior. Contudo, este decréscimo deveu-se sobretudo a um decréscimo nas receitas de bilheteira e direitos televisivos no seguimento de um menor sucesso desportivo. Um exemplo desta situação é o Internazionale que registou uma quebra de 12% nas suas receitas após ter alcançado o sexto lugar no campeonato e os oitavos-de-final na UEFA Champions League em 2011/2012 comparativamente com o segundo lugar no campeonato e os quartos-de-final da UEFA Champions League alcançados na época anterior. O exemplo oposto é o Manchester City que aumentou as suas receitas em 68%, ascendendo cinco lugares no ranking, tendo mais do que duplicado as suas receitas comerciais e aumentado também significativamente as restantes pelas suas melhores prestações desportivas (conquista do campeonato, participação na fase de grupos da UEFA Champions League e oitavos-de-final da UEFA Europa League em 2011/2012).
Outra novidade prende-se com a presença do Corinthians no grupo de clubes logo após o Top 20 como representante dos campeonatos não europeus devido a um aumento das receitas comerciais e de direitos televisivos dos principais clubes Brasileiros, facto que não é alheio à realização do Campeonato do Mundo no Brasil em 2014.
1. Ranking Deloitte Football Money League 2005-2013 (valor e taxa de crescimento)
Apresentam-se de seguida os clubes que fizeram parte do Top 20 entre 2005 e 2013. Verifica-se que do Top 6 de 2013, o Barcelona é o clube que tem apresentado um crescimento médio mais elevado (14%) tendo o seu rival Real Madrid crescido, em média, 10% por ano. Globalmente, o Manchester City e o Borussia Dortmund apresentaram as taxas médias mais elevadas embora o segundo tenha feito parte do ranking apenas por 3 vezes durante o período em análise.
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Nota: valores em milhões de Euros.
2.Evolução da posição no ranking 2005-2013
Apresentamos também a evolução da posição dos clubes no ranking da Deloitte que fizeram parte do mesmo entre 2005 e 2013. Na tabela em baixo é possível constatar o crescimento de alguns clubes como o Manchester City (20º lugar em 2009 vs. 7º lugar em 2013) e o Borussia Dortmund (18º lugar em 2010 vs. 11º lugar em 2013) ao longo dos anos analisados.
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O conceito de Financial Fair Play (FFP) foi aprovado pela UEFA em Setembro de 2009 tendo em Maio de 2010 sido aprovada a primeira edição da UEFA Club Licensing and Financial Fair Play Regulations agregando os regulamentos de licenciamento dos clubes e os requisitos de monitorização financeira dos mesmos.
Relativamente aos critérios do sistema de licenciamento dos clubes, estes podem ser divididos em cinco áreas: desportivos, de infraestruturas, de pessoal, legais e financeiros.
O conceito base do FFP procura garantir e cimentar a sustentabilidade a curto e longo-prazo do futebol em geral e dos clubes em particular. A UEFA pretende consegui-la através da promoção de uma maior disciplina financeira e realização de despesas e investimentos sustentados de modo a que os clubes tenham sempre em mente o longo-prazo.
Os regulamentos do FFP consistem num conjunto de padrões de qualidade que cada clube deve apresentar de modo a poder participar nas competições europeias e em princípios chave de transparência, integridade, aptidão e credibilidade.
De modo a implementar o sistema com sucesso na Europa, a UEFA faculta às associações de futebol nacionais o apoio financeiro e técnico necessário. Estes organismos receberam até ao final da época 2011/2012 cerca de 100 milhões de Euros do fundo de solidariedade da UEFA.
Os objectivos fundamentais do Financial Fair Play são então os seguintes:
- Melhorar a capacidade financeira e económica dos clubes aumentando a sua transparência e credibilidade;
- Atribuir a importância necessária à protecção dos credores assegurando que os clubes saldam as suas dívidas para com jogadores, Estado e outros clubes dentro do intervalo de tempo estipulado;
- Introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes;
- Proteger a viabilidade e sustentabilidade a longo-prazo do futebol europeu;
- Encorajar investimentos sustentáveis de modo a proteger o futebol a longo-prazo;
- Encorajar os clubes a operar com base em receitas próprias.
Os clubes são avaliados relativamente aos requisitos de break-even em três períodos de reporte financeiro: o período que termina no ano em que as competições de clubes da UEFA se iniciam (T) e os dois períodos semelhantes anteriores a este (T-1 e T-2). Assim, a título de exemplo, o período de monitorização avaliado na época de 2015/2016 cobrirá os períodos de reporte que terminam em 2015 (T), 2014 (T-1) e 2013 (T-2). A excepção prende-se apenas com a época 2013/2014 que cobre apenas dois períodos (os que terminam em 2013 e 2012).
O déficit máximo agregado de break-even permitido é de 5 milhões de Euros. No entanto, a UEFA definiu determinados desvios admissíveis desde que estes sejam cobertos por contribuições dos participantes no capital próprio e/ou partes relacionadas:
- 45 milhões de Euros para os períodos de monitorização avaliados nas épocas 2013/2014 e 2014/2015;
- 30 milhões de Euros para os períodos de monitorização avaliados nas épocas 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018;
- Um valor inferior a 30 milhões de Euros para os períodos seguintes (ainda por confirmar).
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No primeiro período de monitorização, que terá efeito na época 2013/2014, há, no entanto, algumas excepções para os clubes que excederem o desvio máximo aceite. Assim, não serão sancionados os clubes que reportarem uma tendência positiva do seu break-even anual e/ou provarem que o seu déficit agregado deve-se apenas ao déficit anual do período que termina em 2012 (2011/2012), que por sua vez se encontra relacionado com contratos firmados com jogadores antes de 01 de Junho de 2010.
Os clubes são também avaliados de acordo com quatro indicadores de modo a concluir se necessitam de disponibilizar informação detalhada adicional para que sejam alvos de uma monitorização ainda mais específica. Se um clube violar um ou mais indicadores terá que disponibilizar informação financeira detalhada do período corrente (T) e orçamentos actualizados para os períodos futuros incluindo um plano para o cumprimento dos requisitos de break-even em T+1. Os indicadores são:
- Going concern: O relatório do auditor inclui um parecer que revela preocupação com a capacidade financeira da empresa.
- Capitais próprios negativos.
- Resultado de break-even: O clube reporta um break-even em déficit em T-1 ou T-2.
- Pagamentos em atraso: O clube reporta pagamentos em atraso a 30 de Junho do ano em que as competições da UEFA se iniciam.
Os clubes poderão ter que disponibilizar mais informações quando:
- Os custos com pessoal excederem 70% das receitas totais;
- O passivo líquido excederem 100% das receitas totais.
Caso os clubes não cumpram as normas do Financial Fair Play, a UEFA poderá aplicar-lhes multas ou excluí-los das competições europeias.
FONTES: UEFA Club Licensing and Financial Fair Play Regulations Edition 2012; Financial Fair Play Media Information – 25 January 2012
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Sobre nós
O Football Industry é um portal que se dedica à elaboração de artigos sobre o mundo do Futebol com base em informações públicas. As análises realizadas centram-se nas diferentes componentes de gestão dos clubes em Portugal e no resto do Mundo, focadas numa perspectiva de Business Intelligence, procurando proporcionar aos leitores um maior conhecimento sobre o mercado.