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Com o final da Premier League conquistada pelo Liverpool 30 anos depois e com Jamie Vardy como principal artilheiro, apresentamos-lhe a relação entre a valorização dos plantéis e a posição alcançada no campeonato bem como o impacto na referida valorização devido à pandemia do COVID-19.

O grande vencedor nesta análise é, sem dúvida, o Sheffield United ao alcançar a 9ª posição no campeonato apresentando o plantel com o menor valor de mercado (47 milhões de Euros em 07/2019 e 120 milhões em 07/2020). Para este feito, muito contribuiram as boas exibições de Chris Basham, John Egan, Jack O’Connell e Oliver McBurnie. Recordamos que o Sheffield United, na presente época, apresentou também o salário médio por jogador mais baixo da competição conforme apresentámos anteriormente aqui.

O Burnley destacou-se igualmente alcançando a 10ª posição no campeonato com o 5º plantel menos valorizado no início da competição e o 4º salário médio por jogador mais baixo da Premier League.  Na época que agora terminou, destacaram-se fundamentalmente James Tarkowski, Dwight McNeil e Chris Wood com 14 golos marcados.

Por outro lado, as grande desilusões acabaram por ser o West Ham e o Bournemouth que, com plantéis actualmente avaliados em cerca de 288 e 247 milhões de Euros, respectivamente, e o 9º e 11º mais valiosos no início da temporada, não foram capazes de abandonar o 16º e 18º lugares da liga inglesa.

Entre 1 de Abril e 15 de Junho os valores de mercado dos plantéis sofreram uma quebra abrupta devido à pandemia, na ordem dos 18%, com o principal prejudicado a ser o Manchester City devido à desvalorização dos seus jogadores em cerca de 244 milhões de Euros. Com o reatamento dos campeonatos estes valores têm vindo lentamente a subir em alguns casos.

Valores de mercado correspondentes a 15/07/2019 e 15/07/2020.

Desvalorização COVID-19 – diferença entre o valor de mercado a 01/04/2020 e 15/06/2020.

Valores em milhões de Euros.

A presente conjuntura criada pelo COVID-19, constitui uma possível mudança e oportunidade/desafio no mercado de patrocínios da indústria do futebol. Face aos recentes acontecimentos, muitas marcas decidiram reavaliar as suas estratégias e os contratos em vigor.

De acordo com dados da KPMG, o valor de patrocínios nas 5 principais ligas europeias (Bundesliga, La Liga, Ligue 1, Premier League e Serie A), os que mais atraem as marcas, ascende a 3.300 milhões por ano sendo que um terço corresponde ao patrocínio da frente das camisolas.

A Premier League destaca-se claramente gerando 832 milhões de Euros anualmente, quase o dobro da La Liga com 436 milhões de Euros por ano. O gráfico em baixo permite também ver a diferença de realidades face a outras ligas como a turca (SuperLig) e a holandesa (Eredivisie).

Tal como sucede com outros fluxos de receita, existe também polarização dentro de cada liga. A título de exemplo, os 6 principais clubes da Premier League agregam 83% do valor total do campeonato e, em Espanha, Real Madrid e Barcelona reúnem 80% do valor. Os elevados valores recebidos por estes clubes ultrapassam, inclusive, os globais de ligas como a SuperLig e a Eredivisie.

Artigo originalmente publicado em www.totalfootballanalysis.com.

Iniciamos hoje a publicação de um conjunto de artigos que analisam a relação entre o desempenho desportivo e o salário anual médio pago por jogador pelos clubes dos 5 principais campeonatos europeus (Bundesliga, La Liga, Ligue 1, Premier League, e Serie A). Começaremos pela espectacular liga inglesa, a Barclays Premier League.

Numa primeira fase, iremos analisar individualmente cada época entre 2016/2017 e 2019/2020 (até à jornada 29) de modo a aferir quais os clubes que atingiram melhores resultados entre estas duas variáveis. De seguida, examinaremos os 14 clubes que permaneceram na Premier League durante este período e como se comportaram desportivamente face ao salário médio pago por jogador.

2016/2017

Na edição de 2016/2017 da liga inglesa, o Chelsea sagrou-se campeão apresentando o 3º salário anual médio por jogador mais elevado.

De uma perspectiva positiva, o Bournemouth alcançou a 9ª posição na competição com apenas o 19º salário mais elevado. No lado oposto, o Sunderland foi o caso de menor sucesso terminando a liga no último lugar com o 13º salário médio mais alto.

Apenas o Hull City apresentou a mesma posição no ranking de salários por jogador e na competição.

2017/2018

Na época seguinte, o Manchester City regressou às vitórias vencendo a liga inglesa com o 2º salário anual médio por jogador mais alto.

O Burnley foi a surpresa alcançando a 7ª posição no campeonato apenas com o 18º salário médio mais elevado. Pelo contrário, o West Bromwich terminou a liga na última posição com o 12º salário mais elevado.

O Crystal Palace, Everton e Leicester apresentaram a mesma posição na liga e no ranking de salários.

2018/2019

Na época passada, o Manchester City venceu novamente o campeonato apresentando também, uma vez mais, o 2º salário médio mais elevado.

No lado positivo, a “armada portuguesa” do Wolverhampton, liderada por Nuno Espírito Santo, alcançou o 7º posto com apenas o 14º salário médio por jogador mais alto. De uma perspetiva negativa, o Manchester United e o Southampton foram os casos de menor sucesso terminando a liga na 6ª e 16ª posições com o 1º e 11º salários médios mais elevados.

Apenas o Chelsea e o Arsenal apresentaram as mesmas posições no ranking de salários e no campeonato.

2019/2020

Com 29 jogos realizados, o Liverpool está muito perto de alcançar o título várias décadas depois com o 3º salário médio por jogador mais elevado.

De uma perspectiva positiva, o Sheffield United tem realizado um campeonato incrível encontrando-se na 6ª posição com o salário médio por jogador mais baixo da liga. No lado oposto, o West Ham é, até ao momento, a desilusão encontrando-se no 16º lugar apresentando o 9º salário médio mais elevado.

Apenas o Newcastle tem ocupado a mesma posição no campeonato e no ranking de salário médio por jogador.

2016/2017 a 2019/2020 – Que clube melhor rentabiliza o salário pago aos seus jogadores

Por ultimo, analisamos o desempenho e salários dos 14 clubes que permaneceram na Premier League entre 2016/2017 e 2019/2020.

Os dois gigantes de Manchester são os clubes com o salário anual médio por jogador mais elevado. O Burnley com campanhas brilhantes nas últimas épocas, é o clube com mais sucesso quando comparamos o seu desempenho desportivo com o salário anual médio pago por jogador, tendo alcançado, em média, o 12º lugar apenas com o 18º salário médio mais elevado.

 

A UEFA Champions League, desde que assumiu esta designação em 1992/1993, leva já 27 edições. Neste período, foram 13 os clubes que a venceram oriundos de 7 países diferentes. O principal destaque vai para os colossos espanhóis Real Madrid CF e FC Barcelona com um total de 11 edições ganhas (41%) que fazem da Espanha o país com mais vitórias na UCL desde 1992/1993.

Apenas por duas vezes a UCL não foi ganha por um clube dos países chamados “Big-5”: em 1994/1995 pelo AFC Ajax (Holanda) e em 2003/2004 pelo FC Porto (Portugal).

 

Em teoria, países com maior população aliada a infraestruturas e profissionais de qualidade, terão tendência para apresentarem instituições desportivas mais capazes de alcançar títulos importantes, como é o caso, por exemplo, da Alemanha. No entanto, devem ser considerados vários factores de modo a retirarmos conclusões válidas. Um deles prende-se com o volume da população do país. Neste aspecto, Espanha e Portugal são os que apresentam melhor rácio quando comparamos o número de edições ganhas com o volume populacional.

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A KPMG Football Benchmark divulgou esta quinta-feira a sua 5ª edição do relatório sobre o valor económico dos clubes referente a Janeiro de 2020. Deste modo, devido à crise causada pela pandemia do vírus COVID-19, estes valores terão tendência para descer devido aos necessários ajustes do mercado.

À semelhança dos relatórios anteriores, Real Madrid e Manchester United ocupam os dois primeiros lugares do ranking seguidos pelo Barcelona que passou a ocupar a terceira posição que pertencia ao Bayern Munchen, clube que em 27 anos nunca apresentou resultados financeiros negativos.

Outra novidade desta edição prende-se com a inexistência de clubes da Serie A no Top-10 uma vez que a Juventus caiu para o 11º posto.

O Galatasaray foi o clube que mais cresceu face ao ano anterior (49%) seguido do Paris Saint-Germain e Internazionale.

Por outro lado, o Real Madrid assume o 1º lugar pela terceira vez desde 2016 sobretudo devido às três UEFA Champions League conquistadas e um crescimento de 41% nas receitas comerciais. Já o Manchester United manteve o 2º posto devido à força da sua marca e um EBIT acumulado significativo. No 3º lugar, o Barcelona registou um crescimento de 50% nas receitas operacionais e de 52% nas receitas comerciais desde 2016 levando-o assim a subir um lugar face ao ano passado.

No conjunto dos 32 clubes que fazem parte deste ranking, entre 2016 e 2020, o seu valor cresceu sempre (51% acumulado) principalmente devido a um aumento de 44% nas receitas operacionais ao longo deste período. Todas as rúbricas de receitas aumentaram, sendo as receitas televisivas o principal destaque com um incremento de 65% enquanto que as receitas de matchday e comerciais cresceram 22% e 39%, respectivamente. Outro facto importante, passa pela decrescente dependência de 25 dos 32 clubes face às receitas de matchday.

Simultaneamente é importante referir que, ao longo das 5 edições deste relatório, o peso do Top-10 no total do valor económico dos 32 clubes decresceu 4% cifrando-se actualmente nos 66%.

Relativamente aos clubes, em termos percentuais, desde 2016, o Olympique Lyonnais foi o clube cujo valor mais cresceu (193%) seguido do Tottenham e Internazionale. Em termos absolutos, o Liverpool foi quem mais viu crescer o seu valor económico (1.385 milhões de Euros). Por outro lado, o AC Milan foi o único a perder valor ao longo dos anos. No que respeita aos resultados financeiros (EBIT), o Tottenham é o clube de destaque com um valor acumulado de 439 milhões de Euros.

À porta do ranking de 32 clubes de 2020, ficaram o Celtic FC (Escócia), PSV Eindhoven (Holanda), Olympique de Marseille e AS Monaco (França), Fenerbahçe SK (Turquia) e Sporting CP (Portugal).

Ranking do Valor Económico (Top-32)

 

Ranking de Variação do Valor Económico dos Clubes (2016-2020)

 

Ranking de Variação do Valor Económico por País (2016-2020)

Observando os clubes que fizeram parte das edições deste relatório entre 2016 e 2020, e agregando-os pelo país a que pertencem, verifica-se que o valor dos clubes da Ligue 1 tem sido que mais tem subido (74%). Já em termos absolutos, o 1º posto cabe aos clubes da Premier League (6.225 milhões de Euros).

 

Por último, entre 2016 e 2020, os clubes ingleses foram os que mais ganharam peso no total do valor do top-32, agregando 39% do mesmo em 2016 e 41% em 2020.

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O índice “Football Industry Return on Investment Index” procura analisar o impacto do investimento realizado pelos clubes no mercado de transferências de 2013/14 no seu desempenho na liga nacional. Este impacto é verificado comparando os pontos acumulados pelo clube até ao momento com o número que apresentava em 2012/13, à mesma jornada, sendo esta diferença posteriormente confrontada com o investimento realizado.
A título de exemplo, o Liverpool, à 17ª jornada da época corrente, apresenta um crescimento de 0,23 pontos, face a 2012/13, por cada milhão de Euros investido no mercado de transferências de 2013/14.
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NOTAS: (1) Pontos Adicionais por cada Milhão Investido = Diferença Pontual, à mesma jornada, entre 2013/14 e 2012/13 : Investimento realizado no Mercado de Transferências de 2013/14; (2) Taxa de Câmbio 01 Novembro de 2013: 1 GBP = 1,19708 EUR; (3) Apenas foram consideradas as equipas que permaneceram nas ligas analisadas entre 2012/13 e 2013/14; (4) Dados analisados até 24 de Dezembro de 2013: Bundesliga – 17ª jornada, Ligue 1 – 19ª jornada, Liga BBVA – 17ª jornada, Barclays Premier League – 17ª jornada, e Serie A – 17ª jornada.
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Numa altura em que se aproxima o mercado de transferências de Inverno, o Football Industry apresenta-lhe o investimento realizado pelos clubes das 5 principais ligas europeias no verão de 2013 (Barclays Premier League, Bundesliga, Liga BBVA, Ligue 1 e Serie A).
Real Madrid, Monaco, Tottenham, Manchester City e Paris Saint-Germain destacaram-se dos restantes clubes tendo estado envolvidos em transferências milionárias de estrelas como Bale, Isco, Falcao, James Rodriguez, Lamela, Soldado, Fernandinho, Negredo, Cavani e Marquinhos.
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At the beginning of the 2013/2014 season there were some changes in the current shirt sponsors of Barclays Premier League clubs. Simultaneously, most of the annual figures have also been updated.
At this time, the total amount reaches approximately 197.9 million Euros with 77% of this value belonging to the six top clubs, including Arsenal, Manchester United, Liverpool, Manchester City, Tottenham and Chelsea. These figures contrast with a total amount of approximately 175.3 million Euros in 2012/2013 (61% belonging to the aforementioned six clubs) representing an increase of about 13%.
Barclays Premier League Shirt Sponsors Ranking (2013/14 vs. 2012/13)
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In the document below, we present the amounts received in the past four years by the 32 teams participating in the 2013/2014 edition of UEFA Champions League.
These values ​​allow us to assess the differences between and within groups. Thus, groups H (Barcelona, AC Milan, Ajax and Celtic) and D (Bayern Munchen, CSKA Moskva, Manchester City and Viktoria Plzen) are the ones that, in aggregate, gathered the highest amount of revenues distributed by UEFA in the last four seasons. Group G is on the opposite side (FC Porto, Zenit, Atletico Madrid and Austria Wien) gathering only 98.4 million Euros. Group D also includes the top-team with the largest share in the total group’s bonus (Bayern Munchen).
Regarding the disparity between clubs from the same group, considering the difference in the weight of each club compared with the total bonuses of the group, it appears that groups F (Arsenal, Borussia Dortmund, Olympique Marseille and Napoli) and C (SL Benfica, Olympiacos, Paris Saint-Germain and Anderlecht) are the most balanced ones. Group A (Manchester United, Shakhtar Donetsk, Bayer Leverkusen and Real Sociedad) is at the opposite side.
Check the document below for a more detailed analysis.
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Notes: (1) For the purposes of this research, we considered the values ​​distributed by UEFA to the clubs competing in the UEFA Champions League and UEFA Europa League between 2009/10 and 2012/13, (2) The figures shown do not include market pool revenues.
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